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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Porque não usar óculos de sol em crianças

Explicarei neste post o porquê os óculos de sol não são recomendados para as crianças. Trago até um exemplo de minha história pessoal com os óculos escuros.

O mundo atual gerou uma comercialização e incentivo ao consumo, muitas vezes inaparente, dos óculos escuros. Há inúmeras lojas especializadas na venda de óculos de sol, grandes marcas e celebridades que possuem seu protótipo de óculos para vender, como um item de status social. No mercado infantil também não faltam opções, e infelizmente muitas vezes de má qualidade. Até mesmo nos desenhos para as crianças alguns personagens utilizam e clamam a necessidade de óculos de sol como acessório indispensável.

Não é difícil encontrar crianças em parques e praças brincando ao ar livre e utilizando os óculos escuros. Nestes dias mesmo, passeando com meu filho me deparei com um bebê de 6 meses no carrinho tomando o banho de sol, suponho, e usando um óculos escuro.

É claro que a intenção dos pais é proteger os filhos, porém na verdade os olhinhos deles precisam da luz do sol, e sua privação pode ser muito prejudicial.

Somos serem diurnos. Acordamos e vivemos à luz do sol e dormimos a noite no escuro. Nossos olhos são capazes de se adaptar às diferentes frequências de luz, e a luz Ultravioleta é essencial para a existência da vida neste planeta. Peixes que vivem nos lagos em cavernas escuras acabam por ficarem cegos. É lógico que você não vai ficar cego utilizando óculos escuros, mas tornará suas pupilas e sua retina mais fracas, e explico porque.

Nossas pupilas (as meninas dos olhos) são orifícios por onde penetra a luz nos olhos. Elas fecham e abrem com o movimento da Íris (parte colorida do olho), uma estrutura maravilhosa que permite este movimento de contração e dilatação da pupila. A luz contrai a pupila, e a escuridão a dilata, ou seja, é a mudança constante de luminosidade que faz com que este sistema funcione perfeitamente. Os óculos de sol mantêm nossas pupilas dilatadas, pela falta de luz, e com o tempo, a sensibilidade ao sol aumenta, assim como a dificuldade de foco e a visão noturna. Seus olhos vão perdendo aos poucos a capacidade inata de se adaptar às diferentes intensidades de luz e assim a dependência dos óculos escuros só aumenta.



Já dizia Meir Schneider, e agora também médicos mais atualizados: “Tome cuidado com o medo do sol”
Meir explica também em seu livro ”Saúde Visual por toda a vida”, que nós temos praticamente um óculos escuro dentro dos olhos, um pigmento que escurece a luz em uma das camadas da retina, que é a melanina. O fato de utilizarmos os óculos de sol inutiliza por vezes a função desta camada, tornando estes pigmentos ineficazes.



Nossos olhos precisam da luz do sol, nosso corpo também. Ela é uma luz curativa, antibiótica natural, que contém todas as cores, que regula nosso sistema endócrino, ou seja, nosso crescimento, comportamento sexual, apetite, temperatura, metabolismos, humor, sistema sono e vigília, e a produção da Vitamina D, tão essencial à formação óssea e prevenção de muitas doenças. Recomendo a leitura do livro “Luz, a medicina do futuro” de Jacob Liberman, pois um parágrafo aqui é realmente muito pouco para descrever os benefícios da luz do sol.

Já está mais que comprovado cientificamente que crianças que não brincam ar ao livre têm muito mais probabilidade de desenvolver miopia Escrevi outros posts sobre os benefícios do sol que contém mais detalhes destas pesquisas, veja nos links:

E você me pergunta, mais e o câncer de pele, a Catarata e Degeneração macular, não são causados pelo sol? A National Council for Prevention of Cancer nos Estados Unidos recomendam que as pessoas tomem sol para prevenir o câncer de pele. É isso mesmo. A falta da exposição moderada da pele ao sol, ou o uso excessivo de protetor solar faz com que a Melanina da pele diminua, ou seja, sua pele ficará mais sensível e com maior probabilidade de desenvolver o câncer.

Meir Schneider conta que pesquisadores estipularam o uso de óculos escuros aos nativos de uma ilha na Austrália e, após um período verificou-se que os mesmos desenvolveram queimaduras na pele. Isso aconteceu porque a luz que chega aos olhos também estimula a produção da melanina na pele, e protege contra queimaduras solares. Usando os óculos de sol deixamos não só os olhos, mas também a pele enfraquecida.


Não existem estudos conclusivos que associam Catarata, Degeneração macular ou Pterígio à exposição à luz do sol. Em contrapartida, ultimamente brotam estudos sobre os benefícios da Vitamina D, e a incidência de depressão, suicídio e problemas visuais em países de pouca incidência da luz UV. Jacob Liberman mesmo disse em sua obra sobre a luz: ”Talvez seja a hora de compreendermos que nosso conhecer intuitivo antecede nossas descobertas científicas. Será que não estamos, na verdade, utilizando o método científico para comprovar o que já sabemos?”

É claro que bom senso é fundamental. Minha intenção não é que você ao ler este post fique exposto ao sol das 12:00 às 14:00 ininterruptamente para fortalecer seus olhos e a pele, ou submeta seu filho a isso. Com certeza se desenvolveriam queimaduras, e mal estar. O problema é fugirmos do sol todas as vezes que ele aparece. Passarmos dias, e até semanas sem nos expor ar ao livre, e quando por ventura isso acontece usamos, ou fazemos as crianças usarem óculos escuros.

E este afastar exagerado do sol é especialmente maléfico para as crianças. Em pleno desenvolvimento visual, os óculos escuros privam os olhos dos pequenos do que é essencial para desenvolver uma boa visão: a luz, a percepção dos detalhes, a real visão das cores, e a liberdade de um funcionamento pleno de suas retinas. Temo pela epidemia de problemas visuais que teremos pela frente se nada for feito a respeito. Imaginem o enfraquecimento das pupilas e a inutilização da melanina natural dos olhos iniciando desde os primeiros meses de vida da criança? É realmente preocupante.

Procuro alertar sempre que possível, e em uma das conversas no parquinho uma mãe me disse: “Minha filha não consegue ficar sem os óculos escuros, reclama muito, mal consegue abrir os olhos sem eles”. E esse pode ser o seu caso também. Uma das razões para isso é que a pupila e retina já estão fracas e “mal” acostumadas. E o que fazer então?

Termino este post com minha história pessoal, e já peço desculpas por ter me alongado muito. Quando no início da fase adulta me vi completamente dependente dos óculos escuros. Estava em uma época de muito estudo na faculdade, stress, e então colocava os óculos logo que saia da garagem com o carro, e eles ficavam comigo a todo o momento para uma possível saída externa. Quando algumas vezes eu o esquecia em casa e saía ao sol, meus olhos se enchiam de lágrima, e eu franzia todos os músculos do rosto no intuito de compensar a fraqueza de minhas pupilas, causando enxaquecas terríveis. E olha que tive uma infância saudável em Araraquara, interior de São Paulo, onde brincava descalça, e claro, sem óculos escuros pelas ruas o dia todo.

Foi quando conheci os exercícios visuais. No início achava que não seria possível ficar sem os óculos de sol, mas persisti, principalmente com o exercício de ensolar os olhos (http://metodoselfhealing.blogspot.com.br/2012/08/ensolar-sunning-banho-de-sol-aos-olhos.html) e automassagem (http://metodoselfhealing.blogspot.com/2011/09/relaxe-visao-com-automassagem.html). Logo na primeira semana de prática já senti alguma diferença. A necessidade já não era tão grande e até as cores ficaram mais intensas. Ao longo das próximas semanas minhas enxaquecas diminuíram consideravelmente, e sem perceber eu comecei esquecer meus óculos de sol em casa. Eu dirigia pela estrada de Araraquara até São Carlos, onde ficava a Universidade Federal, e por vezes no meio do caminho me dava conta de que havia esquecido meus óculos escuros de novo. E não demorou muito já estava completamente adaptada à luz do sol novamente. O que parecia impossível foi simples de conseguir. Hoje praticamente não uso os óculos. Para falar a verdade nem me lembro da última vez que os coloquei. Talvez tenha sido em uma praia com a areia muito branca, no pico da incidência da luz solar, ou em alguma viagem que precisávamos andar pela neve.

Ouço vários relatos de pessoas muito dependentes dos óculos de sol que simplesmente evitaram o uso, sem ao menos terem feito exercício visual algum, e mesmo assim sentiram muito menos necessidade deles logo no primeiro mês.


A criança muitas vezes se adapta mais rápido do que nós adultos às situações adversas, portanto, com certeza suas pupilas e retina se fortalecerão muito rápido sem os óculos de sol, e em poucos dias elas não lembrarão mais deles, a não ser, é claro, que você também os use, ou então estimule o uso de alguma forma dizendo, por exemplo, ”como você ficou bonita com os óculos de sol”. Muitas vezes o uso nem é por necessidade, e sim por querer parecer mais bonita (o) para os adultos.

Já atendi crianças com má formação ocular, inclusive na íris, que melhoraram a visão utilizando menos os óculos escuros, juntamente com os exercícios visuais. Até em casos como Albinismo e Retinose Pigmentar, nos quais o uso dos óculos escuros proporciona um conforto visual às crianças, dosar o uso somente para os momentos onde eles são necessários ajuda a fortalecer os olhos, a adaptação à luz e a estimulação visual.

Para os dias muito quentes e exposição prolongada ao sol prefira bonés e chapéus para proteger você e as crianças. E acima de tudo, ame o sol e ensine as crianças a amá-lo também. Será um benefício tremendo para toda a família.

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 Tatiana L. Reis Gebrael
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